No Dia do Estudante, conheça os destinos preferidos dos brasileiros para estudar em 2023

Destinos

Por Hurb - Plataforma de viagens revela possibilidades de intercâmbio nos países preferidos dos brasileiros

A Student Travel Bureau apontou que o cenário de intercâmbio já começou a retomada para uma estabilização do setor. Em 2022, os resultados já avançaram para alcançar patamares similares aos pré-pandêmicos. De forma geral, segundo pesquisa do Hurb, prevalece a busca por países cuja língua nativa é o inglês. E os brasileiros têm seus favoritos há alguns anos: Canadá, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália. Mas a lista também tem espaço para novos destinos, como a Coreia do Sul, onde as políticas voltadas para receber estudantes estrangeiros são mais recentes. Para embarcar para todos os países mencionados na lista, exige-se passaporte com validade mínima de seis meses.

De forma geral, pode-se dizer que, ao considerar suas possibilidades, esse público favorece as grandes  metrópoles, marcadas pela diversidade de oferta de produtos e serviços, pela pluralidade cultural e pela segurança, além de oferecerem a possibilidade de fazer parte de instituições que são referência na educação. Empresa de tecnologia que está no mercado de turismo há 12 anos,  o Hurb aproveita o Dia do Estudante e usa sua expertise para contar um pouco mais sobre os atrativos desses países, além de explicar as modalidades de intercâmbio disponíveis em cada um deles.

Canadá

Quando falamos em intercâmbio, o país norte-americano apresenta uma característica incomum: há duas línguas oficiais, o inglês e o francês. Assim, é um dos poucos destinos para aqueles que desejam viver uma experiência imersiva em mais de um idioma sem precisar fazer duas viagens. Mas esse é apenas um dos motivos que leva o Canadá a ocupar o topo do ranking de países mais buscados por estudantes, sejam para a experiência do high school - o ensino médio brasileiro -, na universidade ou com foco na língua. Só em 2021, cerca de 620 mil estudantes de todo o mundo buscaram aprendizado no destino.

Duas províncias se destacam entre aqueles que buscam o Canadá para estudar: Montreal e Toronto. Na primeira, ainda que muitos dos seus moradores saibam falar em inglês, o uso do francês é predominante. A segunda, por sua vez, é uma das maiores metrópoles do país, onde o inglês prevalece. Portais oficiais, como O Language Canada e outros sites podem ajudar os estudantes que buscam se mudar  temporariamente para o país a encontrar o curso ideal. 

Com valor abaixo do dólar americano, o dólar canadense acaba diminuindo o custo dos programas de intercâmbio no país, quando a conversão para o real é levada em consideração. E, no ano passado, o governo canadense passou a permitir que estudantes estrangeiros cumpram jornadas de trabalho remunerado de 20 horas semanais fora do campus para aqueles matriculados em cursos de graduação, de longa duração. A medida é válida até o fim deste ano. A novidade possibilita que os estudantes consigam se manter mais confortavelmente na cidade, além de tentar diminuir o déficit de mão de obra enfrentado pelo país e conceder uma possibilidade de que consigam aumentar a estadia no país.

Estados Unidos

Um país ocupa o imaginário de todos que consomem séries e filmes na televisão desde a infância e, claro, ele não poderia deixar de aparecer nessa lista. Indicados para adolescentes entre 15 e 18 anos, o high school nos EUA oferece aos estudantes a possibilidade de experimentar uma variedade de atividades extracurriculares comuns ao sistema de ensino local, entre opções voltadas para esportes e artes, e se aprofundar em uma nova língua, sem interromper os estudos. Essa modalidade oferece ainda a possibilidade de passar apenas um semestre ou todo o ano letivo no intercâmbio.

Os Estados Unidos também estão entre os destinos mais buscados para intercâmbio no ensino superior, sendo Nova Iorque, São Francisco e Boston cidades que se destacam entre aqueles que priorizam a experiência estudantil. Para quem já é estudante em alguma universidade brasileira, vale consultar ainda as possibilidades de solicitar a mobilidade acadêmica internacional na sua faculdade ou fazer uma graduação sanduíche, categoria que possibilita continuar o aprendizado no exterior por até um ano.

Na Costa Oeste, Nova Iorque costuma ser lembrada pelo grande fluxo de pessoas, seu ambiente agitado e a grande oferta de programações, mas o estado também reúne escolas e universidades reconhecidas internacionalmente por sua excelência, como a Columbia University e a New York University. No lado oposto do continente, São Francisco faz parte do estado da Califórnia, sendo reconhecido como um importante centro de tecnologia mundial por abrigar o Vale do Silício. A cidade pode ser mais acolhedora que Nova Iorque, mas também é atravessada por uma variedade de povos que a tornam ainda mais interessante. Por fim, Boston, em Massachusetts, surge como uma opção por dois motivos principais: seu passado histórico e a Harvard University, instituição que se tornou referência no meio acadêmico. O destino inclusive é conhecido pela sua arquitetura europeia, que reflete justamente esse passado em prédios como o da própria universidade.

Quem busca o ensino superior no país deve ter uma atenção extra ao processo seletivo. Diferente das universidades brasileiras, elas não consideram apenas as notas ao avaliar aqueles que disputam suas vagas. Toda a trajetória do aluno é analisada, como oportunidades recebidas e projetos dos quais participou, por exemplo  E, assim como no Brasil, cada instituição tem particularidades no seu processo. Para aqueles que não definiram uma universidade onde fazer intercâmbio, a dica é acessar a plataforma Common Application, que recebe inscrições para mais de 800 centros de educação em todo o mundo.

Desde a reabertura ao turismo das fronteiras norte-americanas, há uma grande procura pela emissão de vistos para entrada no país. O agendamento da entrevista para conseguir o documento chega a gerar longas filas de espera em algumas cidades do Brasil. Por isso, esse é um ponto de atenção no cronograma daqueles que já planejam realizar o intercâmbio nos próximos anos. Já para renovar o visto, como o processo de entrevista não costuma ser exigido, o trâmite costuma ser mais rápido. 

Inglaterra

Conhecida por seu sotaque elegante, a Inglaterra é mais uma opção para quem deseja aprender inglês. O território britânico permite a estadia para estudos por até seis meses sem visto, sendo um passaporte válido o suficiente. Por isso, o destino promove uma variedade de cursos para quem busca praticar o idioma, com duração desde poucas semanas até seis meses. Contudo, o valor mais alto da libra esterlina torna o custo de vida no país mais caro. 

Três tipos de cursos se destacam entre as opções voltadas para os mais jovens, em idade escolar. O International General Certificate of Secondary Education (IGCSE) atende quem busca iniciar o ensino médio no país. Para que aqueles que desejam se preparar para a faculdade, há mais duas possibilidades: o International Baccalaureate Diploma (IB Diploma) cobre temas e matérias gerais, para quem ainda não decidiu que profissão seguir, enquanto o A-Levels é direcionado para áreas do conhecimento específicas, de acordo com a escolha profissional do estudante.

Já  quem está de olho no ensino superior deve consultar o University and College Admissions Service (UCAS), instituição que organiza as aplicações nas universidades inglesas. Assim como nos EUA, ter notas altas não basta. Proficiência em inglês, recomendação de professores, carta de motivação e atividades extracurriculares também são analisadas no processo seletivo.

Austrália

Mais um país de língua inglesa querido pelos estudantes brasileiros, a Austrália possui algumas semelhanças com o Brasil que tornam o local um pouco mais familiar, como o clima e o povo caloroso e receptivo. A alta qualidade de vida no país também é um atrativo desse destino, que recebe cerca de 300 mil estudantes estrangeiros por ano. Em média, um terço dos universitários na Austrália não são nascidos no país. Sydney e Melbourne são as cidades mais procuradas por esse público, por suas praias e pluralidade cultural.

Diferente do Canadá, que liberou a jornada de trabalho de 20 horas semanais para estudantes internacionais no ano passado, a autorização já era garantida no país dos cangurus, o que ajudava a garantir a preferência daqueles que precisam complementar a renda para realizar o intercâmbio. Para os cursos mais rápidos, o visto de turismo - com duração de três meses - já é válido.

Na busca por graduações no exterior, a Austrália se sobressai também pela grande oferta de instituições de ensino superior e sua força na pesquisa acadêmica. Com um processo seletivo que não aplica o método de vestibular, uma das poucas exigências é de que o estudante já tenha cursado pelo menos um ano da faculdade em uma universidade reconhecida pela instituição australiana almejada. A fluência no idioma também precisa ser comprovada com certificados como o IELTS ou TOEFL.

Coreia do Sul

Os investimentos massivos da Coreia do Sul em seus produtos culturais - música, cinema e televisão - vem impactando diretamente no crescimento do turismo do país asiático. Só em 2020, foram injetados cerca de R$25bi. Conhecida como "Onda Coreana", esse fenômeno levou mais brasileiros a desejarem aprender o idioma asiático. A educação superior também é outro ponto forte do país, que possui universidades comparadas à Ivy League - grupo de oito universidades estadunidenses reconhecidas pela excelência -, sendo elas: Seoul National, Korea University e Yonsei University, grupo chamado de SKY por causa de suas iniciais.

A modalidade de intercâmbio no ensino médio foi regularizada nas escolas sul coreanas apenas em 2018, sendo a prática mais recente quando comparada a outros países. Entre as opções disponíveis para esse público mais jovem estão as instituições internacionais, onde os próprios coreanos são fluentes em outros idiomas. O intercâmbio escolar prevê ainda dormitório e curso da língua coreana.

As exigências das instituições para o intercâmbio variam, mas estão disponíveis nos sites de cada uma. O governo centraliza ainda informações voltadas para esse público no portal Study in Korea, enquanto o National Institute for International Education (NIIED), também voltado para colaboração internacional em Educação, oferece bolsas de estudo para estrangeiros. Para graduação e pós-graduação, consultar o Korean Government Scholarship Program é o caminho mais indicado.

Os vistos concedidos a estudantes variam de acordo com a nacionalidade e o período de estadia. Mas, para brasileiros, o documento livre que permite a estadia por noventa dias é suficiente para cursos de curta duração. Para mais de um semestre, algumas instituições podem exigir um visto de trabalho.

Depois de decidir seu destino, confira mais cinco pontos de atenção antes de planejar sua viagem:

1. Comece a estudar inglês para ontem!

O inglês é um dos idiomas mais falados no mundo e ter aptidão na língua aumenta as possibilidades e oportunidades além das fronteiras brasileiras. Afinal, entender o que você está estudando e conseguir interagir com seus colegas é essencial para ter uma melhor experiência!


2. Defina os seus objetivos e trace um plano

Por que você quer estudar fora? Qual o seu objetivo? O que você pretende vivenciar fora do Brasil? Depois de ter todas essas perguntas respondidas, já dá para começar a definir um plano, pensando ainda no tempo que passará no exterior e os detalhes do seu próximo endereço. Todos esses pontos fazem diferença na hora de escolher para onde você vai e qual universidade você deve escolher. 


3. Pesquise opções de bolsa de estudo

Atualmente, diversas universidades e empresas oferecem bolsas de estudo que podem te ajudar a financiar esse sonho. Um dos países que tem recebido muitos estudantes brasileiros com esse incentivo é Portugal, por exemplo, com cursos acessíveis por meio do Enem. Mas há ainda muitas outras opções, então vale tirar um tempo para fazer uma boa pesquisa sobre o tema.


4. Comece a se preparar financeiramente o quanto antes

Estudar fora não é barato, mas com planejamento, é possível! Pesquise o custo de vida do país que você deseja ir e estabeleça um valor-base para cobrir custos mensais. Faça um plano com metas de reserva financeira e seja disciplinado. Para os que pretendem fazer intercâmbio escolar, uma boa conversa para alinhamento de expectativas com os pais ou responsáveis financeiros pode ser o ponto-chave para transformar esse desejo em realidade.


5. Prepare a sua documentação

Um dos pontos mais importantes no contexto de ir estudar fora é a documentação. O primeiro passo é tirar o seu passaporte, procedimento simples e que pode ser iniciado no site da Polícia Federal. A partir disso, você deve entender se o tempo que você vai ficar no país escolhido exige um visto específico ou se você pode ir como turista. 

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