O rock não morreu: conheça destinos que mantém o gênero musical vivo

Destinos

Por Hurb - Manchester, Seattle e Brasília oferecem atrações turísticas para os amantes da música

Os gêneros musicais Gospel, Blues, Jazz, Country e R&B entram em um bar. Foi a partir da mistura de elementos de todos eles que, na década de 1940, nasceu o rock and roll. Popularizado por Elvis Presley na década nos anos 1950, o gênero teve como precursora a Sister Rosetta Tharpe - guitarrista, cantora e compositora - que até emplacou suas músicas religiosas na Billboard dez anos antes do rei. Desde então, o rock se reinventou e há quem diga que morreu. Para homenageá-lo neste Dia Mundial do Rock, o Hurb, empresa de tecnologia que está no mercado do turismo há mais de 12 anos, lista os destinos que ajudam a manter o gênero vivo graças às atrações que oferecem, valorizando a história de bandas do gênero.

Na Inglaterra, não faltam destinos que ganharam a atenção mundial graças aos personagens locais. Para começar a contar essa história, é preciso lembrar que foi um britânico que denominou o 13 de julho como Dia Mundial do Rock: o cantor e multi-instrumentista Phil Collins. Nessa mesma data, em 1985, ele participava com sua banda Genesis do Live Aid, festival realizado pela primeira vez em Londres para angariar fundos para combater a fome na Etiópia. A cena musical londrina foi berço ainda de nomes como Pink Floyd, Led Zeppelin e The Rolling Stones.

No bairro do Soho, o Marquee Club realizou shows de grupos como Queen, The Police, The Who e Sex Pistols. Perto dali, a Brook Street conta com um museu dedicado ao guitarrista Jimmy Hendrix, na casa onde morou nos anos 1960. No mesmo bairro, a Berwick Street é o endereço para quem busca comprar vinis - dos clássicos aos atuais -, como fazia David Bowie. Vale também passar na Trident Studios, onde foram gravadas músicas célebres como Hey Jude, dos Beatles, e o álbum Seven Seas of Rhye, do Queen.

Bem pertinho de Londres, nasceria na década de 1960 um dos maiores fenômenos do rock. Na cidade portuária de Liverpool, a Mathew Street reúne lojas, bares e restaurantes, sendo um deles o The Cavern Club. O espaço marca a história da banda britânica, já que foi lá que os jovens ídolos deram os primeiros passos na carreira musical. Uma estátua de John Lennon ajuda os viajantes a identificarem facilmente o bar. Para passar por alguns pontos do passado da banda, como contam suas canções, o Magical Mystery Tour faz paradas nas casas dos membros, no orfanato Strawberry Fields Forever e na Penny Lane.

No noroeste da Inglaterra, Manchester entra para essa lista de destinos simbólicos graças a bandas como The Smiths e Oasis. O antigo centro comunitário Salford Lads Club aparece em várias obras da banda liderada por Morrissey. Ele está na contracapa do álbum The Queen is Dead, aparecendo nos clipes de There Is a Light That Never Goes Out e de Stop Me If You Think You’ve Heard This One Before, além de algumas fotos oficiais da banda. Além disso, tanto o baixista como o baterista da banda usaram o centro como espaço para ensaios após o fim do Smiths. Localizado no bairro de Ordsall, esse é um dos pontos turísticos mais visitados na Inglaterra e conta com uma sala dedicada à banda, que reúne cartas, fotos e recados deles. No The Ritz, a banda fez seu primeiro show.

Formada em 1991 pelos irmãos Gallagher, o Oasis finalizou seu trabalho há 14 anos por causa das brigas entre os dois, mas é lembrado a cada vitória do time de futebol Manchester City pela torcida. Wonderwall se tornou um hino para os fãs do clube e, de tempos em tempos, os irmãos ficam tão animados com a boa campanha do time que até prometem voltar a ativa. Para conhecer um dos elementos da sua história, vale visitar o The Boardwalk, onde fizeram seu primeiro show.

Aqui no Brasil, as origens do gênero musical levam à Brasília: Raimundos, Legião Urbana e Capital Inicial são algumas das bandas de rock local. O Estádio Nacional Mané Garrincha guarda o Museu Capital do Rock, que proporciona uma viagem sensorial, multimídia e interativa através da história das bandas da região. Com um projeto produzido por Philippe Seabra, guitarrista e vocalista da Plebe Rude, a Secretaria de Turismo do Distrito Federal lançou a Rota Brasília Capital do Rock. Para isso, mapeou pontos da cidade que fazem parte dessa história, como a residência de Renato Russo e o Edifício Rádio Center, onde aconteciam os ensaios da cena roqueira. 

Cidade brasileira que está na rota das turnês e festivais mundiais, a cidade de São Paulo proporcionou encontros como os de Titãs, Os Mutantes e Secos & Molhados. Para garantir blusas, CDs e vinis de uma delas, basta visitar a Galeria do Rock. O espaço comercial reúne ainda estúdios de tatuagem e piercing, indicando o estilo de vida roqueiro. Já no bar The Clock, é possível curtir os clássicos da década de 1950. No litoral norte do estado, os santistas do Charlie Brown Jr mostraram seu som para todo o país. No clipe de Quinta-feira, é possível avistar o emissário submarino, como ficou conhecido o Parque Roberto Mário Santini. O espaço à beira-mar é ótimo para passar o dia e conhecer a  pista de skate Alexandre Magno Abrão, batizada em homenagem ao Chorão.

Nos Estados Unidos, cidades como Nova York e Seattle são alguns dos exemplos que ajudam a contar a história do rock norte-americano. Ramones, Blondie e Strokes são expoentes do rock nova-iorquino. Na Bowery Street, o CBGB era o ponto de encontro dos roqueiros e fãs de música na década de 1970. Foi neste bar que o Ramones fez seu primeiro show, sendo que o espaço era frequentado por Debbie Harry, Guns'n'Roses e até os brasileiros do Ratos de Porão. Hoje, o bar se tornou uma loja de roupas e objetos de arte voltados para a estética do rock. Mais um ponto estrelado da cidade é o Electric Lady Studios: em 1968, Hendrix comprou um imóvel no bairro Greenwich Village para transformá-lo em estúdio de gravação. Assim nasceu o local onde foram gravados álbuns como Loose Ends, de autoria dele, assim como Combat Rock e Sandinista!, dos punks do The Clash, e No Exit, do sexteto Blondie.

Em Seattle, terra onde surgiu Nirvana e Pearl Jam, o Museu da Cultura Pop (MoPOP) conta um pouco mais sobre o porquê da cidade ser conhecida como capital do grunge. Construído na forma de uma guitarra quebrada em homenagem à Hendrix, o museu tem exposições dedicadas ao hip-hop e uma galeria de guitarras. Gravadora local importante até hoje para a música independente, a Sub Pop foi a primeira a contratar o Nirvana, e se dedica a lançar artistas da música alternativa. Fãs do gênero vão gostar de garantir uma foto em frente a um de seus dois endereços. Pelo The Crocodile, passaram praticamente todas as bandas locais de rock que nasceram no início dos anos 1990 - além das já citadas, Alice in Chains e REM são exemplos, para shows surpresa que marcam sua história.

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